Avanço de tecnologias acessíveis e regulamentações mais rígidas fortalecem a proteção de dados corporativos

No terceiro trimestre do ano, os ataques cibernéticos registraram um aumento de 75% quando comparados ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Check Point Research. Ou seja, é hora de parar, olhar e planejar estratégias robustas para o combate a ciberataques para que, em 2025, esse número seja reduzido, trazendo mais segurança para empresas e consumidores. Por outro lado, nos últimos anos, o Brasil tem se destacado no mercado global de soluções contra fraudes e ataques cibernéticos.

Um exemplo recente desse avanço é o lançamento do Fortface, uma solução que integra inteligência artificial, e a tecnologia de Liveness Detection para autenticar transações através da captura da face. Desenvolvido pela Payface, empresa pioneira em soluções de pagamento por reconhecimento facial, a ferramenta proporciona uma autenticação rápida, segura e precisa, sendo capaz de validar a identidade do usuário em apenas 4 segundos. “O Fortface nos coloca à frente no campo da inovação, com uma tecnologia robusta que acompanha as necessidades e desafios de um mundo digital cada vez mais complexo e repleto de inseguranças. Por isso, projetamos uma solução que é respaldada pelas certificações iBeta níveis 1 e 2, além de atenderem a Lei Geral de Proteção de Dados, garantindo que a privacidade dos usuários seja respeitada em todas as transações”, explica Sandro Righi, Head of Fraud Preventions Solutions da Payface.

Para Alex Tabor, CEO da Tuna Pagamentos, fintech líder no Brasil em orquestração de pagamentos, a biometria desempenha um papel central na proteção de dados, na eficiência de transações e, sem dúvidas, é uma das medidas de segurança que segue como tendência para o próximo ano. “Usando criptografia, o app bancário do pagador pode autenticar o usuário por biometria, tokenizar os dados de pagamento e transferi-los para o dispositivo do recebedor, que, por sua vez, utiliza sua conexão de internet para concluir a transação e receber a confirmação do pagamento. Tecnologias como Google Pay e Apple Pay já aplicam essa solução, permitindo pagamentos mesmo sem conexão ativa com a internet. Você pode testar isso colocando o celular em modo avião ao realizar um pagamento por aproximação em um ponto de venda físico”, explica Alex, reforçando a maturidade e eficácia dessas ferramentas na segurança digital.

Já para Evandro Alexandre Ribeiro, Head de Segurança da Informação da Avivatec, regulamentações mais rígidas e avanços tecnológicos são fundamentais para combater as ameaças digitais. “Com a sofisticação dos ataques digitais, tecnologias como biometria e reconhecimento facial, alinhadas a normas como a LGPD, tornam-se indispensáveis para proteger dados sensíveis e oferecer uma experiência segura aos usuários. O desafio para 2025 será equilibrar inovação e conformidade, garantindo resiliência frente aos ataques e construindo a confiança de consumidores e parceiros”, comenta.

Com o avanço da tecnologia e o endurecimento das regulamentações, as empresas que investirem em inovação sustentável e proteção de dados terão não apenas maior resiliência frente a ameaças, mas também a confiança de um mercado cada vez mais exigente.

Cibersegurança no varejo: prevenindo ameaças na era IoT

 A evolução tecnológica, alavancada pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) e da Internet das Coisas (IoT), continua transformando o cotidiano. Uma das atividades mais impactadas por essas mudanças é o comércio, especialmente as lojas de varejo que buscam se adaptar para competir em um mercado phygital.

As lojas físicas estão adotando um número crescente de ferramentas inteligentes, que permitem oferecer conveniências típicas das compras on-line, como totens de autoatendimento, pagamentos por aproximação e lojas sem operadores de caixa. Esses avanços melhoram a experiência do cliente, além de otimizar as operações internas, permitindo que os pequenos negócios concorram com gigantes do e-commerce.

Essa transformação gera múltiplas mudanças nos hábitos de consumo das pessoas, impactando os métodos tradicionais de compra. Atualmente, as lojas estão voltando seus esforços para atender às novas demandas dos clientes, por meio da implementação de dispositivos inteligentes. No entanto, a Palo Alto Networks alerta sobre os riscos decorrentes para a cibersegurança.

Aumentando a produtividade com sustentabilidade: soluções baseadas em IoT

A tecnologia, além de agilizar a experiência de compra, reduz os custos operacionais, promovendo a fidelidade dos clientes e aumentando a satisfação. Além disso, a automação melhora a gestão de estoques, permitindo reposições mais ágeis, um atendimento ao cliente mais eficiente e sistemas de autoatendimento que aceleram as transações, aumentando a produtividade.

Sistemas de segurança baseados em IoT fortalecem o monitoramento contra furtos, enquanto o uso de energia é reduzido por meio da otimização da iluminação e dos equipamentos. Tecnologias de prevenção de perdas também ajudam a diminuir o desperdício e a superprodução, promovendo a sustentabilidade.

De acordo com os dados da Starfleet Research sobre as melhores práticas em segurança no varejo, 68% das empresas já implementaram essa tecnologia para acelerar a interação inteligente com clientes, a gestão de estoques em tempo real e o desenvolvimento de sistemas de operações digitais.

Dessa forma, a produtividade impulsiona um modelo mais sustentável, alinhado às tendências do comércio global. Ainda segundo o relatório, 58% dos varejistas estão implementando soluções de gestão de energia baseadas em IoT, como sistemas interconectados de iluminação e aplicativos de monitoramento de água, ajudando as empresas a atender às responsabilidades ambientais.

Os desafios de cibersegurança na transformação do comércio

A proliferação de dispositivos conectados também aumenta a superfície de risco potencial para ataques cibernéticos e violações de dados. O aumento das técnicas de intrusão tornou os dispositivos IoT especialmente vulneráveis. Segundo o relatório “IoT Security Best Practices of Top-Performing Organizations in Retail”, somente em 2022 os ataques de ransomware cresceram 67% em comparação ao ano anterior, evidenciando os desafios enfrentados pelo setor.

Governos ao redor do mundo estão respondendo com regulamentações projetadas para melhorar a segurança nessa área, como o IoT Cybersecurity Improvement Act, nos Estados Unidos, e o Cybersecurity Act da União Europeia. No entanto, essas regulamentações, isoladamente, não são suficientes para enfrentar os desafios multifatoriais.

Como impulsionar a segurança no varejo

Com a crescente variedade e quantidade de dispositivos inteligentes sendo implementados nas empresas, o rastreamento preciso de cada um deles é fundamental. Essa visibilidade detecta dispositivos não autorizados e monitora atividades suspeitas, garantindo que os comerciantes possam proteger suas redes contra ameaças potenciais.

Marcos Oliveira, Country Manager da Palo Alto Networks no Brasil, afirma que é indispensável utilizar IA e machine learning avançado para detectar e prevenir possíveis ameaças, antes que estas possam explorar vulnerabilidades nos dispositivos. “A abordagem proativa ajuda a reduzir o risco de violações de dados e assegura que os sistemas permaneçam seguros”.

Ele ainda destaca que “é necessário gerenciar uma plataforma centralizada, onde políticas de segurança robustas possam ser aplicadas a todos os dispositivos, independentemente do fabricante ou sistema operacional. Da mesma forma, a criptografia e a proteção de dados devem ser prioridades para os negócios, já que atacantes podem facilmente interceptá-los e explorá-los”.

O potencial de digitalização e automação no setor varejista é enorme e oferece novas oportunidades de crescimento e inovação. Porém, a promessa traz riscos significativos, caso as empresas não estejam adequadamente protegidas. Conforme a tecnologia evolui, as soluções de segurança devem acompanhar, reduzindo as ameaças que podem comprometer as operações comerciais de qualquer organização, independentemente de seu tamanho. Além disso, é mandatório garantir a proteção de dados de usuários e clientes. Em períodos de grande movimento comercial, como as comemorações de dezembro, é aconselhável antecipar-se e proteger-se de maneira sólida.

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