Segundo especialista da BugHunt, programas de Bug Bounty ajudam empresas a proteger seus ativos sem comprometer o orçamento
Em um cenário de ameaças cibernéticas constantes e crescentes, companhias de todos os portes enfrentam o desafio de proteger sua infraestrutura digital sem comprometer orçamentos. Vazamentos de dados, interrupções operacionais e danos à reputação representam riscos financeiros e estratégicos, tornando a segurança da informação uma necessidade operacional, e não mais um item opcional de investimento.
Nesse contexto, modelos alternativos de defesa digital ganham tração para otimizar recursos. Segundo Bruno Telles, COO da BugHunt, empresa brasileira pioneira em Bug Bounty na América Latina, essa modalidade, que recompensa pesquisadores por identificação de falhas, surge como uma abordagem para a gestão de vulnerabilidades que alinha investimento com resultados.
A iniciativa oferece vantagens significativas em relação aos métodos tradicionais de cibersegurança, como pentests, ao adotar um formato de custo variável, baseado em performance. “A partir de uma comunidade diversa de hackers éticos realizando testes contínuos, com óticas diferentes, o programa reduz o custo e tempo na identificação de brechas e aumenta a profundidade das análises”, explica.
De acordo com Telles, as organizações podem reduzir custos operacionais com segurança digital de diferentes formas ao adotar o Bug Bounty:
Pagamento baseado em performance
A principal redução de custo vem do modelo de remuneração. Empresas pagam recompensas apenas por falhas válidas e comprovadas. “A companhia reduz seus gastos de forma significativa ao pagar apenas por problemas reais encontrados, eliminando gastos fixos comuns em métodos tradicionais”, afirma Telles. Neste caso, o investimento está diretamente atrelado ao valor entregue.
Detecção antecipada de falhas
Esses programas permitem a identificação contínua de vulnerabilidades, muitas vezes antes que possam ser exploradas. “Encontrar falhas operacionais antes que se tornem problemas mais graves evita impactos financeiros associados a incidentes. Corrigir uma falha de segurança em estágio inicial costuma ser mais barato e rápido do que lidar com as consequências de um ataque bem-sucedido”, detalha Telles.
Flexibilidade orçamentária
As empresas definem as faixas de recompensa com base na criticidade dos riscos e sua capacidade financeira. “O Bug Bounty permite que a organização mantenha controle total sobre seu orçamento, pois só há custo quando há entrega de valor real. As recompensas são ajustadas ao nível de risco, otimizando o investimento”, pontua o COO da BugHunt.
Personalização do programa
Essa estratégia de proteção digital é adaptável à realidade de cada organização, permitindo definir escopo, regras e tipos de vulnerabilidades aceitas. “Esse modelo de cibersegurança é totalmente personalizável, começando pela definição do escopo para focar nos ativos mais críticos e definindo faixas de recompensa de acordo com o orçamento. Essa flexibilidade torna o programa acessível e escalável”, explica Telles.
Combinação estratégica com outras práticas
O Bug Bounty funciona de forma complementar a outras ferramentas e processos de segurança e deve ser visto como uma camada extra de proteção. “Combiná-lo com práticas como testes automatizados e pentests regulares reduz o número de falhas que chegam aos pesquisadores, diminuindo a quantidade e o valor das recompensas”, conclui o especialista.